Algo sobre o gênero textual Manifesto
Pense em um grupo de amigos que se juntam para reclamar de algo que não gostam e, de repente, resolvem colocar tudo no papel de um jeito bem chamativo.
É isso. O manifesto é um texto para defender uma ideia, protestar contra algo, ou anunciar um novo jeito de fazer as coisas. É uma declaração de intenções, um grito de guerra, uma revolução em forma de palavras.
Ele tem características bem marcantes:
- Linguagem direta e forte: Nada de enrolação. É para ir direto ao ponto.
- Tom de convocação: Quase sempre chama as pessoas a se juntarem à causa.
- Uso de frases curtas e impactantes: Para grudar na cabeça de quem lê.
- É como se o texto estivesse com um carro de som ou megafone, dizendo: "Olha só, a gente não aguenta mais isso e vamos fazer diferente!"
A estrutura do manifesto contém basicamente:
• título: indica o conteúdo do manifesto.
• corpo do texto: aqui o problema é identificado e analisado, apresentando-se argumentos que validem o que se diz. Como o texto é de caráter argumentativo (pretende convencer o leitor de algo), deve-se recorrer a argumentos sólidos.
• local, data (não obrigatório).
• assinaturas: tanto assinaturas das pessoas que participaram na elaboração do texto como das que apoiam o que está sendo afirmado.
Exemplo de Manifesto:
Manifesto dos Amantes do Livro Físico
Nós, que ainda sentimos o cheiro de papel e tinta, nos declaramos em guerra contra a ditadura dos e-books e audiobooks.
Basta de telas que cansam a vista e de vozes robóticas que matam a emoção. Não trocamos a sensação de virar uma página pela frieza de um scroll.
Reivindicamos o direito de sublinhar parágrafos, de dobrar as pontas das páginas e de ter estantes pesadas de histórias.
Junte-se a nós. Devolva o livro à mesa de cabeceira e à mochila. O futuro da leitura é tátil!
Atenciosamente,
Professores de Linguagens
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